06/10/13

A Gravura - estudo dos materiais, instrumentos e suportes

Ficha de apoio
Texto: Manual de Oficina de Artes, Bloco I, Fernanda Meireles (Porto-Editora)
Imagens: Net

A gravura pode ser feita em qualquer superfície que se possa cortar sem grande dificuldade - gravura em relevo.A madeira, o linóleo e o metal são, ainda hoje, os materiais mais utilizados. A gravura em metal distingue-se da xilogravura e da linoleogravura porque as partes a tintar, ou seja, as que se imprimem, são escavadas, enquanto nas outras duas técnicas são as partes em relevo que levam a tintagem. São distintos ainda, porque a gravura em metal é normalmente produzida com ácido: água-forte e água-tinta; ou por gravação com ponta seca.
Outras formas de impressão são planas. É o caso da litografia e mais recentemente da serigrafia.

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Karl Schmidt-Rottluff 
A MÃE , 1916
XILOGRAVURA S/ PAPEL, 37.3 x 31.0 cm

Xilogravura, IMPRESSÃO NO PAPEL - Fonte: http://comunicacaovisual03.wordpress.com
A Gravura em relevo


A gravura em relevo é o processo de impressão mais antigo e consiste em suprimir, no linóleo ou na madeira, as partes que não se querem imprimir, ou seja, os brancos. Estas duas técnicas permitem desde desenhos rudes e fortes - caso das gravuras dos movimentos expressionistas - a trabalhos de grande minúcia e delicadeza de traço como nas gravuras japonesas, no Oriente, e nas gravuras medievais, que ilustravam a Bíblia. A impressão a cores é também permitida por ambas as técnicas e sobretudo no linóleo, mais fácil de trabalhar e par as quais é necessário fazer uma placa para cada cor. Em ambas as técnicas é necessário trabalhar com s instrumentos adequados: goivas, formões, buris, etc.
Para se fazer uma boa gravura a linóleo, por exemplo, é fundamental executar estudos preparatórios, em que se irão selecionar as zonas a tintar - em relevo, a branco - escavadas. De seguida passa-se o desenho para a placa, tendo em atenção que o desenho deve ficar do avesso, de modo que a impressão fique correta. Depois do desenho passado, é delineado com uma goiva apropriada e escavam-se as zonas que se querem a branco.
As goivas são os instrumentos adequados à execução de linhas e texturas. Se se pretende utilizar várias cores, é necessário fazer uma placa para cada cor, as quais devem ser rigorosamente acertadas aquando da impressão.

A gravura a branco

As placas de linóleo, trabalhadas como foi descrito anteriormente, produzem um outro tipo de gravura igualmente interessante - a gravura a branco -onde se tira partido das alturas e texturas produzidas no linóleo.
Este tipo de gravura obtém-se por meio da placa de linóleo antes de ser tintada. Para tal utiliza-se o papel offset, depois de demolhado e tornado flexível para se adaptar ao relevo da gravura, introduzindo-se nos sulcos gravados do linóleo. Outro papel igualmente bom é o papel mata-borrão, que é muito poroso e facilmente adaptável à gravura. 
Estes efeitos e outros mais imprevistos podem ser produzidos por cartões de diferentes espessuras e materiais recuperados ou encontrados em aulas de exterior, como cordas e cordéis, cascas de árvores, cortiças, folhas de árvore com alguma espessura, etc, e com resultados plásticos sempre inovadores.
Estas gravuras funcionam como os selos brancos que servem para autenticar documentos. Quando a luz que incide sobre a gravura é rasante, produz belos efeitos de claro-escuro.









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